ARTIGO: DIABETES E OBESIDADE - SBCBM
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ARTIGO: DIABETES E OBESIDADE

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O diabetes mellitus (DM) é um sério problema de saúde pública que afeta mais de 425 milhões de pessoas em todo mundo e a estimativa para 2045 é que 629 milhões serão diabéticos (IDF, 2017). No Brasil, estima-se que 12 milhões de pessoas sejam diabéticas, com predomínio do DMT2 (IDF). Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a cada 2 minutos um novo caso de diabetes é diagnosticado. O Brasil ocupa o 4º lugar entre os 10 paises com maior número de individuos com diabetes e é o 5º pais em número de pessoas com mais de 65 anos com diabetes.

Ademais, estima-se que cerca de 40% das pessoas com diabetes não sabem ter a doença na América Latina, o que constituiu uma preocupação adicional, frente as consequências para a saúde e ao elevado percentual de mortalidade.

Em 2017, no mundo foram 4 milhões de mortes por diabetes. Na América do Sul e México foram 209.717 adultos de 20-79 anos que morreram como resultado do diabetes (11% de todas as causas de morte). Cerca de 44,9% dessas mortes aconteceram em pessoas com menos de 60 anos de idade. Metade dessas mortes foram no Brasil (IDF, 2017).

Adicionalmente, o DM é a principal causa de insuficiência renal, cegueira, amputações, infarto do miocárdio, entre outras complicações (IDF, 2017).

Embora haja um componente hereditário importante, superior ao do diabetes do tipo 1, o ganho de peso, associado ao sedentarismo guardam estreita relação com o aparecimento do DMT2.

Estima-se que 60% a 90% dos portadores da DMT2 sejam obesos e a incidência é maior após os 40 anos (SBD).

Tal como se observa em relação ao DM, a prevalência de sobrepeso e obesidade tem alcançado proporções pandêmicas, afetando homens e mulheres de todas as idades e grupos socioeconômicos, além de representar importante fator de ameaça à saúde no que diz respeito à morbidade e mortalidade provocadas por esta doença. Associados a estes aspectos, os custos envolvidos com o tratamento de doença crônica atingem cifras alarmantes.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2016, aproxidamente 2 bilhões de adultos estavam acima do peso, o que corresponde 39% dos homens e das mulheres. A prevalência mundial de obesidade mais do que duplicou entre 1980 e 2014, atingindo mais de 500 milhões de pessoas – 11% dos homens e 15% das mulheres.

No Brasil, dados do último VIGITEL publicado em abril de 2017 mostrou que mais da metade brasileiros apresenta excesso de peso e que 19,9% das mulheres e 18,1% dos homens são obesos. O aumento na prevalência da obesidade que afetou ambos os gêneros e foi estimado em 60% nos últimos 10 anos.

Os pacientes obesos apresentam elevado risco de desenvolver DMT2 e supõe-se que aproximadamente 45% dos pacientes com DMT2 apresentam o índice de massa corporal (IMC > 30 kg/m2) (Buchwald et al, 2004).

Os dois mecanismos envolvidos no desenvolvimento do DMT2 são: 1) a contínua produção de insulina pelo pâncreas que decorre da incapacidade de absorção de glicose pelas células, levando a chamada resistência insulínica (RI) e 2) a diminuição na secreção de insulina. Todavia, as causas dessas alterações não estão totalmente elucidadas (King et al, 1998).

O DMT2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode ser tratado com dietas, exercícios físicos e medicamentos orais, isolados ou concomitantemente, entretanto, raramente levam ao estado de euglicemia (Detournay et al, 2000). Por se tratar de uma doença que leva a inúmeras complicações (quadro 1), faz-se necessário um efetivo controle, principalmente por ser responsável por 5,2% de mortes no mundo (WHO,2002).

Embora o DMT2 seja considerado risco independente de mortalidade, quando associado a obesidade, sobretudo na sua forma mais grave (obesidade classe III) (WHO, 1998), o risco aumenta de forma significativa (NIH, 1991).

 

Este artigo foi escrito pelo Núcleo de Saúde Alimentar da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM)

 

BIBLIOGRAFIA.:

1)Buchwald H, Avidor Y, Branwald E. Bariatric surgery: a systematic review and meta-analysis. JAMA 2004; 292:1724-1737

2)Detournay B, Fagnani R, Pribil C, et al. Medical resources consumption of type 2 diabetics in France in 1998. Diab Metab 2000; 26:363-9.

3)IDF (International Diabetes Federation) https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/2018/poster-atlas-idf-2017.pdf acessado em novembro de 2018.

4)King H, Aubert RE, Herman WH. Global burden of diabetes, 1995-2025: prevalence, numerical estimates, and projections. Diabetes Care 1998; 21:1414-31

5)NIH Consensus Development Conference Draft Statement. Gastrointestinal surgery for severe obesity. Obes Surg. v. 1, p. 257-65, 1991

6)SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) https://www.diabetes.org.br/publico/ acessado em  novembro de 2018.

7)Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) 2017.Disponível em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/abril/17/Vigitel.pdf acessado em novembro de 2018.

8)World Health Organization (WHO). Disponível em: http://www.who.int/gho/ncd/risk_factors/overweight_obesity/obesity_adults/en/

9)World Health Organization (WHO, 2008). Disponível em http://www.diabetes.org.br/. Acessado em novembro de 2018

10)World Health Organization. Controlling the global obesity epidemic. July 24, 2002. Disponível em :htt://www.who.int/nut/obs/html. Acessado novembro de 2018

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