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Cirurgia bariátrica pode reduzir risco de câncer, diz estudo

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Pessoas com obesidade que optam pelo procedimento estão mais protegidas

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É sabido que a cirurgia bariátrica ajuda a diminuir o risco de problemas cardíacos e controlar o diabetes tipo 2 em pacientes com obesidade. Agora, uma nova análise feita por pesquisadores do Hospital São Lucas, em Porto Alegre, sugere que o procedimento também pode reduzir as chances de um diagnóstico de câncer. Os resultados foram publicados em junho na revista Obesity Surgery.

Os autores reuniram os dados de 13 estudos, incluindo mais de 54 mil pessoas. Cada estudo analisou as taxas de câncer após a cirurgia de perda de peso. As taxas de câncer em pessoas com obesidade estão na faixa dos dois casos a cada mil pessoas por ano.

No entanto, para aqueles que fizeram a cirurgia, os investigadores encontraram a taxa de um caso para cada mil pessoas ao ano quase o mesmo dado encontrado entre as pessoas de peso normal. O seguimento variou de dois a 23 anos após a cirurgia.

Apesar dos resultados mostrarem uma redução no risco de câncer em pacientes que fizeram cirurgia bariátrica, os autores afirmam que ainda não é possível estabelecer uma relação de causa e efeito. Sabe-se que a obesidade é um fator de risco para o câncer, uma vez que a as alterações hormonais e inflamação do organismo promovidas pelo excesso de peso em conjunto com os maus hábitos que levam à obesidade elevam as chances de tumor. Entretanto, são necessários mais estudos para entender a real relação entre cirurgia bariátrica e diminuição do risco de câncer.

Escolha do tipo de cirurgia bariátrica depende do peso e da saúde do paciente

Parte de um programa de emagrecimento do qual faz parte uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde, a cirurgia bariátrica revolucionou a forma como se trata a obesidade. Não é à toa que, no final do ano passado, o Ministério da Saúde reduziu de 18 para 16 anos a idade mínima para realizar o procedimento pelo SUS, visto que o excesso de peso considerado prejudicial à saúde tem se tornado uma epidemia que atinge pessoas cada vez mais jovens.

Mesmo sendo tão divulgada, entretanto, ainda restam muitas dúvidas sobre a cirurgia. Muitas pessoas sequer sabem, por exemplo, que existem quatro técnicas diferentes de realizá-las reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM): Banda Gástrica Ajustável, Gastrectomia Vertical, Bypass Gástrico e Derivação Bileopancreática. Para saber como cada um funciona, portanto, conversamos com uma equipe de experts para esclarecer tudo sobre o assunto. Confira:

1. Quais os pré-requisitos para indicação de cirurgia para tratamento da obesidade? “A indicação da cirurgia, independente da técnica, é baseada em quatro fatores: grau de obesidade, tempo de evolução da doença, tentativas de tratamentos anteriores e a presença de doenças associadas”, explica o cirurgião do aparelho digestivo Denis Pajecki, membro do Departamento de Cirurgia Bariátrica da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

2. O que define a escolha de uma ou outra técnica? Primeiramente, é necessário reforçar que a escolha da técnica a ser usada é do médico e não do paciente, afirma o cirurgião bariátrico Almino Ramos, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). “Só ele saberá avaliar qual o melhor procedimento para tratar a obesidade e possíveis doenças associadas, como diabetes, sem oferecer grandes riscos ao paciente”, aponta. Um paciente que precisa perder muito peso, por exemplo, deveria ser submetido ao tipo de cirurgia bariátrica mais invasivo, pois ele resulta em uma perda maior da porcentagem de peso. Se esse paciente apresentar idade avançada, entretanto, o médico pode optar por um procedimento menos complexo para não colocar a vida do indivíduo em risco. “A escolha é feita caso a caso e depende de inúmeras variáveis”, complementa.

3. Como ocorre a perda de peso? De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo Denis, a perda de peso ocorre por conta da restrição alimentar a que o paciente é submetido com a cirurgia, a menor absorção de nutrientes e do aumento do metabolismo. Com a Banda Gástrica há perda de 20 a 30% do peso inicial; com a Gastrectomia Vertical, 30 a 40% do peso inicial; com o Bypass é possível perder de 40 a 45% do peso inicial e com a Derivação Bileopancreática, o paciente perde de 40 a 50% do peso inicial.

4. Como é o pós-operatório? “Depois que a cirurgia bariátrica passou a ser feita com vídeo-laparoscopia, a recuperação do paciente melhorou muito, pois de incisões de 15 ou 20 centímetros, passamos a quatro ou cinco furinhos de um centímetro cada no abdômen”, aponta o cirurgião bariátrico Almino. Assim, o tempo de internação costuma durar dois ou três dias e atividades rotineiras podem ser retomadas após um período de 10 dias. Carregar muito peso ou fazer exercícios intensos são liberados apenas depois do primeiro mês.

Em relação à dieta, há algumas recomendações básicas também. Na primeira semana, o paciente deve se alimentar apenas com líquidos. Na segunda, as refeições se tornam mais cremosas. Na terceira, podem ser consumidos alimentos com a consistência de um purê. A partir da quarta semana, começam a ser introduzidos alimentos sólidos na dieta. O objetivo é que o paciente tenha uma dieta equilibrada a partir das fases de adaptação. A suplementação costuma ser necessária também e deve ser alinhada com o profissional que participa do programa de emagrecimento do paciente.

5. Há risco de engordar novamente? De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo Denis, uma recuperação de 10 a 15 quilos do peso mínimo atingido é considerado normal. “Ganhos mais acentuados estão, na maior parte das vezes, relacionados ao abandono do programa e à adoção de maus hábitos, como consumo excessivo de carboidratos e intervalos grandes em jejum”, explica.

Fonte: Minha Vida

Crédito da foto: Ted Fu (via Flickr)

 

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