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Audiência pública debate os tratamentos para obesidade na Câmara dos Deputados

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O diagnóstico e tratamento da obesidade em adultos e idosos foi pauta de uma audiência pública nas Comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e de Seguridade Social da Câmara dos Deputados na tarde desta quarta-feira (6). O objetivo foi discutir com representantes do governo e especialistas o protocolo de tratamento da obesidade no país. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica foi representada pelo vice-presidente, Dr. Antônio Carlos Valezi. 

Em sua apresentação, o Dr. Antônio Carlos Valezi reforçou o caráter epidêmico da obesidade em todos os níveis da sociedade. Segundo ele, estão elegíveis para cirurgia bariátrica no país mais de 5,5 milhões de pacientes, sendo que 4 milhões estão no Sistema Único de Saúde (SUS). O número de cirurgias bariátricas realizadas anualmente atinge apenas 0,3% dessa população.

“A indicação cirúrgica existe, seja pela obesidade ou pelo diabetes, mas muitos desses pacientes se tiverem acesso ao tratamento clínico adequado poderemos evitar o tratamento cirúrgico. Na nossa visão, se esses pacientes forem submetidos a um tratamento clínico prévio, ele poderá evitar a cirurgia ou irá em condições muito mais benéficas e com suas comorbidades controladas”, afirmou Valezi.

A audiência pública foi proposta pelo deputado Dr. Zacharias Calil (GO) que questionou o atual Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Sobrepeso e Obesidade em Adultos, estabelecido pelo Ministério da Saúde desde novembro de 2020. “Não houve indicação de qualquer medicamento para o devido tratamento. Isso os prejudica muito, pois parte deste público não consegue tratar a obesidade somente com a alteração da alimentação, da inserção da atividade física e do auxílio psicológico.”

Para Vanessa Pirolo, representante da Associação Botucatuense de Assistência ao Diabético e Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade, é preciso sensibilizar a sociedade sobre as diversas causas da obesidade, rever o atual protocolo de tratamento e desenvolver um programa de prevenção da obesidade para evitar complicações como o diabetes, doenças cardiovasculares, entre outras comorbidades.

“Precisamos tratar a obesidade como uma doença. O acúmulo excessivo de gordura corporal provoca resistência insulínica, que por sua vez provoca o diabetes tipo 2. [No protocolo] Deve-se ter um acompanhamento multiprofissional com a inserção de medicamentos para ajudar na perda de peso. Nós queremos que essas pessoas tenham qualidade de vida!”, afirma Vanessa.

O departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) foi representada por Márcio Mancini que apresentou uma nova proposta de classificação da obesidade baseada não apenas em um IMC considerado normal, mas sim em um nível de “obesidade reduzida” ou “obesidade controlada”, como é com o diabetes. 

“Do mesmo jeito que consideramos o diabetes controlado com uma hemoglobina menor do que 7%, sendo que o não-diabético é 5,7%, na obesidade a gente não quer normalizar o IMC, mas sim reduzir o risco do indivíduo. Na maioria dos indivíduos, uma redução de 10% a 15% do peso apresentariam resultados satistafatórios”, explicou Mancini.

A presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), Cintia Cercato, palestrou sobre a importância da prevenção da obesidade e oferecer tratamentos adequados.  “Quando falamos em tratamentos, nós não queremos trazer o indivíduo para o peso normal. A gente quer que ele melhore suas doenças associadas e nem sempre é preciso obter uma perda de peso expressiva para se obter esse resultado”, explica Cintia. 

Para o vice-presidente da SBCBM, iniciativas que visam melhorar o acesso ao tratamento da obesidade são sempre bem-vindas. “A SBCBM apoia toda iniciativa como esta aqui de oferecer um tratamento clínico para estes pacientes. Apoiamos a coalizão, a ABESO, SBEM, pois o que queremos é um paciente obeso tratado e com uma melhor qualidade de vida”, finaliza Antônio Carlos Valezi.

Também estiveram presentes representantes do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde; Painel Brasileiro da Obesidade (PBO); e o Conselho Federal de Educação Física (Confef). 

Assista a Audiência Pública na íntegra:

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