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Barilive discute a reposição de ferro, proteína e outros nutrientes pós-bariátrica

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A importância da reposição de nutrientes pós-bariátrica foi tema do bate-papo entre as nutricionistas Fernanda Mattos, Silvia Pereira e o cirurgião bariátrico Luiz Vicente Berti no Barilive transmitido nesta quinta-feira (18).

Durante a transmissão ao vivo pelo Facebook, o trio interagiu com os internautas e lembrou o papel dos micronutrientes, macronutrientes e minerais no funcionamento adequado de várias funções do corpo humano.

“É importante a reposição por suplementos, mas eles também precisam repor esses nutrientes pela alimentação. Na primeira consulta, a gente identifica erros e padrões alimentares irregulares para poder arrumar isso antes da cirurgia”, explica doutora em Ciências Nutricionais e nutricionista do Programa de Obesidade e Cirurgia Bariátrica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Fernanda Mattos.

A correção da alimentação no período pré-operatório ocorre devido a desnutrição que acomete muitos pacientes que sofrem com a obesidade. Ao contrário do pensamento popular, os quilos a mais na balança não indicam a saúde nutricional devido ao consumo de alimentos com ‘calorias vazias’.

“Calorias vazias estão em alimentos que não fornecem nutrientes suficientes. Eles fornecem calorias mas não vitaminas e minerais”, explica Fernanda. “A gente aprendeu nesses 30 anos de cirurgia que nossos pacientes são grandes desnutridos. Eles têm peso mas grandes deficiências de vitaminas e muitas vezes a reposição tem que ser feita antes da cirurgia”, completa Berti.

Com relação a suplementação pós-cirurgia, o debate frisou a importância da suplementação de nutrientes ao longo de toda a vida do paciente. Segundo Silvia Pereira, pós-doutora e pesquisadora do núcleo de micronutrientes da UFRJ e especialista em nutrição clínica, as diretrizes vigentes recomendam o uso dos suplementos polivitamínicos, proteína e, principalmente no caso de mulheres com volume intenso de menstruação, o ferro.

“Mulheres em idade reprodutiva tem uma necessidade maior de ferro do que homens. É importante fazer essa reposição adicional de ferro em face de fluxos menstruais volumosos. O ferro é fundamental para várias funções primordiais, como o batimento cardíaco, e responsável por levar oxigênio para os órgãos e tecidos. Sem ferro não tem vida”, explica a Silvia.

Suplementação de ferro

As nutricionistas comentaram sobre a dificuldade de absorção do ferro por meio de sulfato ferroso e outros suplementos. De acordo com as especialistas, o corpo absorve, em média, 10% da dosagem ingerida, uma vez que o ferro passa por diversas transformações dentro do corpo.

De acordo com o relato de Berti, já existem no mercado opções de suplemento de ferro lipossômico que conseguem “enganar” o corpo e evitar que sua absorção seja prejudicada.

“Esse ferro é envelopado por uma membrana muito parecida com a que a gente tem em nossas células do corpo, que tem uma camada fosfolipídica, e verdadeiramente engana o corpo e faz com que a absorção seja 100%, diferente da maioria dos suplementos que existem no mercado em que se aproveita cerca de 10%”, conta Silvia.

A pirâmide alimentar para bariátricos

Durante a transmissão, a nutricionista Fernanda Mattos respondeu a pergunta de uma internauta sobre as principais fontes de proteína e lembrou que a pirâmide alimentar para pacientes bariátricos é diferente da indicada para pessoas não operadas.

A pirâmide alimentar para bariátricos tem na base a hidratação adequada, suplementação de cálcio, vitamina D, vitamina B12 e ferro, seguida de fontes de proteína como carnes magras, ovos, leite e derivados, e só então frutas, verduras e legumes.

“Você deve sempre priorizar a fonte de proteína. A pirâmide é diferente e no segundo patamar, com grau de alta prioridade, está a proteína. Só para cima, com menor participação, está os carboidratos e os lípidios [gorduras]”, esclarece a especialista.

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