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Especialistas afastam a cirurgia bariátrica como causa de depressão

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O Barilive desta semana discutiu a depressão e compulsões como fatores que podem afetar os pacientes após a cirurgia bariátrica. O tema foi proposto pelo Núcleo de Saúde Mental da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) e contou com a participação da psiquiatra Débora Kussonoki e da psicóloga Michele Martins com a mediação do cirurgião bariátrico Felipe Rossi.

O Barilive é uma iniciativa da SBCBM transmitido semanalmente, às terças-feiras a partir das 20 horas, pelo Facebook e conta com a participação dos internautas. A ideia é aproximar os pacientes de temas relacionados a cirurgia bariátrica para que possam tirar dúvidas com diversos especialistas.

Depressão

Durante o debate, as especialistas – psicóloga e psiquiatra- afastaram a possibilidade  de que a cirurgia bariátrica possa causar a depressão. Para Michele, os pacientes acabam, por diversos fatores, não se abrindo com o psicólogo da equipe multidisciplinar, e, em muitos casos, acabam sendo subdiagnosticados nas consultas antes da cirurgia bariátrica.

“Hoje, os estudos não mostram que a cirurgia bariátrica cause alguma alteração dentro desse quesito de saúde mental. Pelo contrário, ocorre a melhora do paciente em muitos aspectos”, lembra. Isso não é diagnosticado no pré-operatório, mas em muitos casos é descoberto no pós-operatório”, comenta a psicóloga. Michele é psicóloga com atuação em contextos de Saúde, Obesidade, Cirurgia Bariátrica e Metabólica.  Membro da Comissão das Especialidades Associadas (COESAS) da SBCBM. Associada da IFSO (International Federation for the Surgery of Obesity).

Débora reforçou as informações de Michele ao apontar que o surgimento da depressão ocorre, geralmente, na faixa entre 30 e 40 anos na população. É nessa idade que a procura da cirurgia bariátrica por obesos é mais comum. “E a depressão pode acontecer independente da cirurgia”, afirmou Débora.

Segundo a psiquiatra, a depressão vai além de uma tristeza repentina. A doença é persistente, aumenta a irritabilidade, ter alterações alimentares e de sono. “Depressão não é só ficar chorando pelos cantos. Ao longo do tempo, esses fatores vão dar o diagnóstico de depressão. É um estado persistente, com oscilações”, diz a Débora. Ela é psiquiatra da Clínica Segal e do Serviço de Obesidade e saúde metabólica da endocrinologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

Compulsão

Já a compulsão alimentar está relacionada com a perda de controle e pode ocorrer em episódios esporádicos. O transtorno de compulsão alimentar é diagnosticado quando esses episódios ocorrem semanalmente durante três meses.

“É quando você come uma quantidade de comida absurdamente grande em um período curto de tempo, cerca de duas horas. Falo de coisas de 6 a 8 mil calorias e não necessariamente gostosas e vai de um saco de arroz cru, a mistura de coisas que estão na geladeira. É algo incontrolável seguido de uma sensação de culpa”, explica a psiquiatra Débora Kussonoki.

Felipe Rossi também levantou a discussão sobre compulsões por compras, sexo, jogos, entre outras, que pacientes levam aos consultórios no pós-operatório.

“As compulsões são complexas e vão envolver vários fatores e dimensões da vida. Muitas vezes, a literatura aponta e a gente observa, que eles já tem questões no pré-operatório já voltadas a isso. Não é a cirurgia bariátrica que muda a compulsão. O termo ‘troca de compulsão’ é menosprezar a complexidade do quadro”, comenta a psicóloga Michele Martins.

Tratamentos

No caso do diagnóstico de depressão ou de compulsão alimentar, o acompanhamento com psicólogos e/ou psiquiatras é necessário para evitar complicações e o sofrimento emocional a longo prazo. Esses profissionais fazem parte da equipe multidisciplinar e responsáveis pelo tratamento e terapias de saúde mental.

Os pacientes candidatos a cirurgia bariátrica devem passar por consulta com psicólogo ou psiquiatra no pré e no pós-operatório.

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