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Fonoaudiologia

1. O que o Fonoaudiólogo faz no âmbito da cirurgia bariátrica?

A Fonoaudiologia é uma ciência que se ocupa em prevenir, tratar e reabilitar as alterações relacionadas à voz, linguagem, audição, bem como a melhor adequação das funções de respiração, mastigação, sucção, deglutição e fala (Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia). Sendo assim, junto aos pacientes candidatos à cirurgia bariátrica ou submetidos à mesma, a fonoaudiologia contribuirá para uma melhor adaptação alimentar deste paciente considerando à sua nova condição anatômica (“seu novo estômago”), isto através de uma reeducação mastigatória, observando as condições das estruturas necessárias para que essa mastigação ocorra com eficiência.

2. O atendimento fonoaudiológico em cirurgia bariátrica é o mesmo realizado em terapia convencional?

Não. O fonoaudiólogo que atua em cirurgia bariátrica deve saber que o paciente que se propõe a esse tratamento cirúrgico tem um objetivo muito claro que é o de se preparar para as propostas da gastroplastia e seu reestabelecimento. Sendo assim, o paciente deve ser esclarecido que não é necessário permanecer em terapia fonoaudiológica.

3. Qual o objetivo da fonoaudiologia com pacientes submetidos à cirurgia bariátrica?

O mais importante é facilitar o retorno à alimentação após o procedimento cirúrgico. De maneira geral, orienta-se quanto à qualidade e quantidade alimentar no que diz respeito ao modo de ingestão dos alimentos em cada porção, favorecendo assim, o equilíbrio nutricional e a interação social frequente em momentos de alimentação.

4. É significativo que o atendimento fonoaudiológico comece antes da cirurgia?

Sim. Para que as pessoas possam ter tempo hábil para realizar modificações necessárias e orientadas pelo Fonoaudiólogo, quanto ao modo de ingestão dos alimentos, quer sejam líquidos, pastosos ou sólidos. Dessa maneira, terão a oportunidade de conhecer todo o processo e, principalmente, treinar o modo mais apropriado, confortável e seguro de se alimentar.

5. Existe relação entre mastigação e musculatura da face?

Sim. Com o passar dos anos a musculatura da face, assim como a corporal, também se altera, assim a mastigação realizada de forma correta e eficiente favorece a manutenção do tônus muscular. A mastigação é também considerada como um estímulo, que mantém a saúde dos músculos, articulações, glândulas e gengivas na fase adulta do indivíduo. Além disso, cabe salientar a importância do uso de alimentação sólida para que o trabalho da musculatura mastigatória seja eficiente.

6. É normal vomitar após a cirurgia de redução do estômago?

Não. Essas sensações de “entalos”, que ocasionam momentos de desconforto, podem levar a necessidade de vômitos. Cabe lembrar que os vômitos não fazem parte do desenvolvimento fisiológico normal, mesmo após a cirurgia. Por esse motivo, o fonoaudiólogo orienta uma mudança dos padrões mastigatórios havendo, dessa forma, uma adequada manipulação do alimento na cavidade oral, evitando desconfortos, entalos e vômitos.

7. Algumas pessoas operadas queixam-se de “sensação de entalo do alimento”?

Sim. As queixas de “entalo” são como se o alimento estivesse passando por um local estreito e apertado, com sensação de obstrução da garganta ou na região dos seios. São atribuídas, geralmente, à falta de conhecimento sobre como é realizada a mastigação adequada e, consequentemente, a deglutição, que são processos fisiológicos naturais.

8. Por que tomar líquido junto com a refeição é ruim?

Com a cirurgia de redução e, dependendo da técnica, a capacidade do estômago pode se restringir de 50mL até 100mL (isso nas cirurgias restritivas em que o fonoaudiólogo atua mais). Depois do procedimento há mudança tanto na capacidade de recepção do novo estômago, como na elasticidade e velocidade de esvaziamento gástrico. Comer alimentos sólidos ao mesmo tempo de ingerir líquidos pode facilitar episódios de vômitos ou levar a desconforto associado a mal estar com mais frequência, além de restringir a nutrição que aquele alimento forneceria.

9. O paciente vai conseguir comer carne depois de operado?

Sim. Fisiologicamente, não existe nenhum impedimento para a ingestão de carne, mas é importante ressaltar que o retorno alimentar ocorre de forma lenta e gradual, respeitando a hierarquia das consistências alimentares, seguindo as orientações durante as trocas de dietas. Além disso, a porção de carne ingerida após a cirurgia é em quantidade menor (durante uma refeição), compatível com o tamanho do estômago novo, lembrando que o operado deverá respeitar sempre a sua tolerância gástrica.

10 É importante comer todos os tipos de alimentos? E os sólidos, por que não posso processá-los, assim evitaria qualquer desconforto?

A alimentação é considerada um dos fatores mais relevantes na manutenção do convívio social e consequentemente na qualidade de vida. A mastigação existe não apenas para facilitar a entrada do alimento no estômago. O processamento do alimento na boca ajuda no estímulo para síntese de alguns hormônios essenciais para uma saciedade mais precoce. Isso ajuda no controle do volume ingerido. Outro dado importante é que alguns artigos científicos já mostram que comer alimentos processados pode ter um risco nutricional maior, a longo prazo, já que quando um alimento é liquidificado, muitas vitaminas e minerais podem ser perdidos.

11 É preciso mastigar quantas vezes para o alimento ficar bem triturado?

Cada alimento oferece uma resistência diferente aos golpes mastigatórios, exigindo mais ou menos força da musculatura mastigatória, consideram-se também as condições das estruturas da mastigação (dentes, lábios, bochechas, língua, palato duro e mole – “céu da boca”), e produção da saliva. Observando as estruturas de cada indivíduo, estes aspectos não serão iguais para todos, portanto se desconstrói a ideia de padronizar “quantas vezes” o alimento deve ser mastigado, passando a orientação de que se deve sentir o alimento desde o momento da sua introdução e permanência na boca até a sua deglutição, o que na fonoaudiologia é chamado de propriocepção intraoral.

12. Todo paciente submetido à cirurgia bariátrica é disfágico (dificuldade para engolir)?

Não, a dificuldade para engolir nem sempre está relacionada diretamente com a função de deglutição, mas com uma mastigação ineficiente. Uma vez que se orienta adequadamente a função mastigatória, conscientizando, estimulando o treino em busca de sua automatização, sintomas comuns ao bariátrico como engasgos, piroses, empachamentos, entalos e vômitos são aliviados e por vezes eliminados.

13. Existe alguma relação entre o trabalho fonoaudiológico com pacientes bariátricos e o envelhecimento?

Sim. Quando se fala em cirurgia bariátrica é imprescindível mencionar que o paciente busca, com esse tratamento, a melhora da sua qualidade de vida. Nesse contexto, um dos fatores fundamentais para um envelhecimento bem sucedido, é a manutenção das relações interpessoais, o que perpassa, necessariamente, pela alimentação, em busca do sucesso do tratamento bariátrico. Considerando estes aspectos e sua área de atuação, o fonoaudiólogo tem um papel fundamental orientando o indivíduo na ingestão dos alimentos com técnicas específicas.

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