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Pode ou não pode? Especialistas discutem o que comer após a cirurgia bariátrica

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A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) reuniu especialistas para discutir o que os pacientes podem e o que não podem comer no pós-operatório no Barilive desta terça-feira (7). Estiveram presentes as nutricionistas Lorraine Ferraz, mestre em Ciência da Saúde pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Fabiana Sanches Mota Ribeiro, mestre pela Universidade Federal de São Paulo, e o cirurgião bariátrico Marçal Rossi.

Importante destacar que os dois métodos mais utilizados no país e no mundo, a gastrectomia vertical e o bypass gástrico, precisam de cuidados especiais e uma reeducação alimentar nos primeiros meses após a operação. Com a capacidade reduzida, o paciente é orientado a seguir uma dieta em fases que evoluem da liquida até a normal.

“O papel do nutricionista é fundamental. O paciente que é obeso, ele comeu errado por muitos anos e não vai ser passando um ano com a nutricionista que ele vai aprender a comer. Na sociedade moderna em que vivemos, a alimentação deixa muito a desejar então a pessoa mais indicada para fazer acompanhamento é com a nutricionista”, afirma o Dr. Rossi.

1. Pode comer frutas?
De acordo com as nutricionistas, a recomendação é de três frutas por dia mas elas não podem substituir uma refeição com proteína. “A gente orienta que junto dessa fruta, o paciente precisa de uma fonte proteica como iogurte, leite, fatia de queijo. Inicialmente, também, a gente orienta frutas moles, sem cascas e sem bagaço”, diz Fabiana.

2. Pode tomar café?
A orientação das nutricionistas sobre o consumo de café, chás e mate é orientado após o terceiro mês da cirurgia bariátrica.

3. Pode comer sashimi e frutos do mar?
Segundo a nutricionista Lorraine Ferraz, o consumo de frutos do mar é liberado na fase de alimentos sólidos. “Só é importante prestar atenção aos molhos que acompanham como o shoyu”, explica. “O sushi, que tem uma dose maior de carboidrato, a gente pede para que o consumo seja menor”, afirma Fabiana Ribeiro.

4. O que não pode?
Durante o bate-papo, os especialistas frisaram que não existe um “não pode” após a cirurgia bariátrica e sim como o alimento é consumido e a quantidade. “Não adianta consumir chocolate sem consumir a quantidade de carne que a gente coloca”, diz Fabiana. “Eu gosto de frisar que a cirurgia bariátrica é um grande empurrão para mudança de vida. Tudo é equilíbrio e precisam aprender a consumir de maneira diferente da que faziam antes”, complementa Lorraine.

Dieta líquida, pastosa e normal
A alimentação liquida é constituída de pequenos volumes (em torno de 50 ml por refeição a cada 30 minutos) e tem como principal objetivo o repouso gástrico, a adaptação aos pequenos volumes e a hidratação.

Na dieta pastosa, a inclusão de alimentos na consistência de cremes e purês. O objetivo principal é manter o repouso gástrico e iniciar a transição para dieta branda, onde mastigação exaustiva deverá ocorrer. O tempo médio de duração é de 7 a 10 dias.

Após a dieta pastosa, evolui-se para uma fase com alimentos bem cozidos, que não demandam muita mastigação. Essa fase pode ser ignorada e o paciente orientado para avançar para a dieta geral, que consiste na evolução gradual para uma consistência ideal para uma nutrição satisfatória. Geralmente ocorre a partir do 1º mês após a cirurgia quando, quase todos os alimentos começam a ser introduzidos na alimentação diária. O cuidado com a escolha dos alimentos nutritivos deve continuar, pois, as quantidades ingeridas diariamente continuam pequenas. Nesta fase o paciente pode ser capaz de selecionar os alimentos que lhe tragam mais conforto, satisfação e qualidade nutricional.

Proteínas
De acordo com as nutricionistas, antes de criar qualquer restrição alimentar, é importante frisar a importância da proteína no pós-operatório. O nutriente é responsável pela manutenção da massa magra, formação de tecidos corporais, enzimas, hormônios e transporte de substâncias pelo sangue. Quando está abaixo dos níveis normais, o seu déficit pode causar perda de massa muscular, anemia, queda de imunidade e queda de cabelo. Para encontrar a proteína nas refeições, os pacientes bariátricos devem dar preferência aos carnes em geral, ovos, leites e derivados, soja, feijões, e grão de bico.

“Dentre os macronutrientes, a proteína se destaca. Ela vem acompanhada de componentes importantes como o ferro, vitamina B12, cálcio… é importante para diminuir a perda de massa muscular e evitar a queda de cabeço, unhas fracas. Os alimentos de origem animal constituem a principal recomendação após a cirurgia”, explica Fabiana.

Lorraine aproveitou para lembrar que o prato de uma refeição ideal de um paciente bariátrico deve ser formado por 50% de proteína magra. “A proteína é o ingrediente principal do prato depois da cirurgia”, afirma. “Muitas vezes uma dificuldade de mastigação leva o paciente a escolher um alimento que seja mais fácil, como o biscoito. Eles acabam trocando uma refeição para comer biscoitos porque é mais fácil e priorizam alimentos que são pobres nutricionalmente”, explica Lorraine sobre a participação do nutricionista na reeducação alimentar dos pacientes.

Deficiência de ferro e anemia
Uma das internautas que acompanhou a transmissão do Barilive no Facebook questionou sobre uma condição de anemia que não apresenta melhoras mesmo seguindo as recomendações das nutricionistas. O cirurgião bariátrico e moderador do debate, Dr. Marçal Rossi, chamou atenção sobre as condições ginecológicas da paciente. “As mulheres acham normal menstruarem por cinco dias e em grandes quantidades. Tem que tratar com um ginecologista, com um nutricionista e é importante procurar um hematologista”, frisa.

“O ferro que tem no feijão e nos alimentos de origem vegetal é um ferro não-heme que tem uma absorção menor, quase insignificante. O arroz e o feijão é um prato cultural da nossa população então a gente orienta o consumo em pequena quantidade, mas o feijão não representa uma fonte de ferro na cirurgia bariátrica”, diz Fabiana.

Suplementação nutricional
De uma forma geral, as deficiências nutricionais mais comuns na cirurgia bariátrica são: proteína, ferro, zinco, cálcio, vitamina D e vitaminas do complexo B. Portanto, a utilização de dosagens diárias adequadas de polivitamínicos/minerais é a forma de garantir esse aporte. Esse suplemento deve conter 100% ou ao menos 2/3 das necessidades diárias, com a finalidade da prevenção das deficiências nutricionais. Através do acompanhamento de rotina com equipe multidisciplinar será avaliado a necessidade de uma suplementação específica de algum nutriente isolado, caso seja necessário

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