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Recidiva de peso entra na pauta do Barilive

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As questões que envolvem a recidiva – ou popularmente o “reganho” – de peso depois da cirurgia bariátrica foram discutidas no Barilive desta terça-feira (28), com a participação dos cirurgiões Antônio Cláudio Jamel Coelho, presidente do Capítulo da Sociedade de Cirurgia Bariátrica no Rio de Janeiro, e Augusto de Almeida Júnior, presidente do Capítulo da Sociedade de Cirurgia Bariátrica na Paraíba.

Os convidados esclareceram aos internautas que a recidiva de peso ocorre em apenas uma pequena porcentagem de pacientes e , em sua maioria, que continuam com hábitos de vida inadequados após a cirurgia.

O bate-papo, transmitido ao vivo pela página da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica no Facebook contou ainda com a mediação do cirurgião bariátrico e diretor científico da SBCBM, Roberto Kaiser. A transmissão teve um alcance de aproximadamente 2,2 mil internautas.

Jamel explicou, conceitualmente, o que é a recidiva de peso. Segundo ele, o sucesso da cirurgia bariátrica acontece quando o paciente perde mais de 50% do excesso de peso. E, se ao longo do tempo, o paciente recuperar o peso suficiente para ultrapassar esses 50%, têm-se a recidiva. “Não dá para confundir com o reganho de peso natural, cinco ou dez quilos. Isso não significa recidiva de obesidade”, explicou.

Almeida Júnior destacou a importância da preparação do paciente pela equipe multidisciplinar para o sucesso da cirurgia. “É um casamento no religioso, sem direito a divórcio”, brincou, lembrando que a obesidade é uma doença crônica, multifatorial e que precisa de acompanhamento constante. O cirurgião também salientou a importância do paciente buscar um cirurgião e equipe multidisciplinar credenciada junto à Sociedade de Cirurgia Bariátrica.

Jamel salientou que a obesidade é uma doença crônica com múltiplas causas, como questões genéticas, interação com o meio ambiente, entre outras. Mas, segundo ele, mesmo quando há uma pequena recuperação de peso, as doenças associadas à obesidade anteriores à cirurgia bariátrica não costumam reaparecer. Almeida Júnior destacou que entre aqueles que “entenderam bem a cirurgia”, a recidiva não costuma acontecer.

TÉCNICAS

Os cirurgiões comentaram que algumas técnicas também podem “colaborar” para evitar a recidiva, por se tratarem de procedimentos mais “intensos” como o duodenal switch, procedimento que inclusive já está quase em desuso justamente por resultar em altas taxas de desnutrição entre os operados. “É necessário ter muito cuidado ao selecionar a cirurgia ao paciente”, enfatizou Jamel.

O duodenal switch é a associação entre gastrectomia vertical e o desvio intestinal. Cerca de 60% do estômago é retirado e o desvio intestinal reduz a absorção dos nutrientes, levando ao emagrecimento. Leva à perda de 75% a 85% do excesso de peso inicial.

Os cirurgiões foram enfáticos no que diz respeito a importância da escolha da técnica adequada a ser empregada a partir do histórico e do perfil de cada paciente.

O tema do Barilive desta semana foi proposto pelo Núcleo de Saúde de Cirurgiões da Sociedade.

O Barilive é uma nova proposta da diretoria da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica para informar a população sobre os temas relacionados à cirurgia bariátrica e à obesidade. As transmissões são semanais, sempre às terças-feiras, às 20 horas.

Na próxima terça-feira, 5 de dezembro, o tema do Barilive será a “Cirurgia Metabólica para o tratamento de Diabetes Tipo 2”.

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