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Tenho mais de 60 anos. Posso fazer cirurgia bariátrica?

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A resposta é sim. No entanto, a indicação da cirurgia bariátrica ou metabólica para pacientes com mais de 60 anos deve ser avaliada com alguns critérios diferenciados.

Três cirurgiões bariátricos e do aparelho digestivo esclareceram as dúvidas dos pacientes acima de 60 anos no tema no Barilive desta quinta-feira (10). Denis Pajeck, diretor do departamento de cirurgia da abeso; Felipe Koleski, membro efetivo do Hospital Santa Catarina e Marçal Rossi, ex-presidente do capítulo de São Paulo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Não existe um limite de idade para a operação. “O que existe é um consenso de que os pacientes com mais de 65 anos devem ser avaliados com mais cuidado. É uma idade a partir da qual o número de doenças começa a aumentar com frequência, começa um certo grau do que chamamos de declínio funcional. Para qualquer tipo de procedimento cirúrgico o critério deve ser maior”, explicou Pajeck.

No entanto, segundo os cirurgiões, o limite de idade para a cirurgia bariátrica vem aumentando, no comparativo dos últimos dez anos, de acordo com a expectativa de vida dos pacientes e o número de casos de obesidade.

“16% das mulheres com mais de 65 anos e quase 9% dos homens a partir da mesma idade são obesos graves. A expectativa de vida tem aumentado gradativamente e, em nosso país, muda muito dependendo da região onde a pessoa mora. Em Santa Catarina, por exemplo, a expectativa de vida é 79 anos e em outros estados é 72. Então, fazer a cirurgia com 60 anos ou mais significa viver mais e melhor”, afirmou Koleski.

 

Critérios para indicação

Os critérios cirúrgicos para indicação de tratamento da obesidade foram criados em 1991, pelo Instituto Nacional de Saúde norte americano (NIH). Foi estabelecida a idade de 65 anos como limite para que um paciente possa passar por uma cirurgia bariátrica. No entanto, fica a critério de cada cirurgião ou equipe a possibilidade de avaliar individualmente pacientes mais velhos, considerando a relação risco/benefício de cada caso. No Brasil os critérios adotados são os mesmos. As regras brasileiras adotadas pelo Ministério da Saúde e Conselho Regional de Medicina consistem na avaliação individual de pacientes com idade superior a 65 anos. “Os resultados em termos de perda de peso, solução de doenças associadas e índice de complicações são semelhantes aos da população mais jovem”, afirma Denis Pajecki.

 

Avaliação deve ser mais rigorosa

O que difere no paciente  acima de 60 anos é que a avaliação pré-operatória em pessoas acima de 60 anos é que deve ser mais rigorosa, levando em consideração o risco/beneficio, o método cirúrgico mais apropriado e os resultados de uma avaliação funcional utilizada especificamente pela geriatria e gerontologia.

“O quanto a perda de peso pode contribuir para a melhoria dos aspectos funcionais deve ser considerada na indicação ou não da cirurgia bariátrica no idoso”, ressalta Marçal Rossi “O fato concreto é que cada vez mais pacientes acima de 65 anos, com obesidade severa, estão buscando o tratamento cirúrgico”, reforça.

Os cirurgiões alertam para o fato que os pacientes com idade entre 60 e 65 anos devem ser estudados mais profundamente e avaliados por meio de critérios mais objetivos sobre os benefícios da cirurgia. Estes pacientes devem ser também tratados em centros especializados, com elevado movimento cirúrgico e baixos índices de mortalidade.

A operação no paciente idoso exige mais critérios para a indicação. “Dizemos que operamos os pacientes idosos com todo o cuidado – claro que operamos todos os pacientes com todos os cuidados – mas aqueles com mais de 65 anos merecem uma avaliação mais criteriosa das outras especialidades e por uma equipe multidisciplinar maior”, disse Marçal Rossi.

 

Doenças associadas

É comum que os pacientes com mais idade tenham as doenças associadas – como hipertensão arterial e diabetes – por mais tempo e a cirurgia contribui para a remissão destas doenças “No entanto, é preciso saber se o longo período convivendo com estas doenças não causou lesões no organismo. Por isso, precisamos da avaliação criteriosa dos especialistas de cada área. É necessário avaliar a relação risco/benefício e, para viabilizar a cirurgia, ter mais benefícios do que risco”, alertou Felipe Koleski.

A avaliação da qualidade óssea também é necessária, principalmente em mulheres. Geralmente é solicitado o exame de densitometria óssea.

 

Técnicas cirúrgicas

Segundo Denis, as técnicas cirúrgicas escolhidas devem ser as que apresentam o mínimo de redução na capacidade de absorção dos alimentos, lembrando sempre que a ingestão de proteínas e de vitaminas é indicada para todos os pacientes bariátricos.

“Para os pacientes mais velhos, as cirurgias mais realizadas em todo o mundo – como bypass gástrico e o sleeve – tendem a ter os mesmos resultados se comparado aos observados na população mais jovem”.

A perda de peso esperada nessa faixa etária é menor do que para os pacientes mais jovens, considerando-se satisfatória a redução de 25% do peso. O resultado da operação deve ser associado a redução das comorbidades.

A obesidade é uma doença crônica e incurável, que precisa ser controlada permanentemente.

O Barilive é uma iniciativa da SBCBM com o objetivo de levar informações de qualidade para a população. A transmissão é feita pelo Facebook todas as quintas-feiras, às 20 horas.

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